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"Se quiser ir rápido, vá sozinhx. Se quiser ir longe, vá acompanhadx". 

Provérbio Africano

O QUE É O MEMÓRIAS DE BAOBÁ?

 

O ‘Memórias de Baobá’ é um encontro formação que acontece desde 2010, sob o baobá centenário localizado na Praça do Passeio Público em Fortaleza. Em sua oitava edição o Memórias do Baobá abordará o tema “ORALIDADE AFRICANA, SABEDORIAS ANCESTRAIS E PRÁTICAS FORMATIVAS”, dialogando com esses valores e saberes e com as práticas docentes.

As diversas atividades do Memórias de Baobá visam a produção de material didático que faça a transposição de saberes para a sala de aula, diminuindo a distância entre teoria e prática. Desse modo, compreendemos que tratar da oralidade e das sabedorias ancestrais é uma maneira de relembrar e celebrar a palavra viva que movimenta as energias da criação nas tradições orais africanas e afro-brasileiras. As diversas formas de ressignificar e manter essa ancestralidade são expressões da resistência que encontramos ao longo de séculos de opressão e tentativa de subalternização dos afrodescendentes na diáspora. 

A cada ano buscamos ampliar o número de professores/as, estudantes e pesquisadores/as que possam participar desse evento / formação, assim como criar meios para diálogos maios orgânico entre a academia e a rede pública de ensino, visando formação contínua dos/as professores e professoras, o fortalecimento do pertencimento de cada um/a e a valorização de nossa cultura.
O evento tem uma abrangência internacional não apenas em virtude de convidados/as, mas também por meio da participação de estudantes e professores da UNILAB - CE (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira), também professores da UNILAB-Ba, promovendo trocas diversas, afetivas e efetivas no que se refere a construção pedagógica, a formação e a construção de novos / outros referenciais para produzirmos, para a educação, para o fortalecimento de nosso pertencimento, para um conhecimento e uma educação afrorreferenciada.

CONTRIBUIÇÕES

O Memórias de Baobá proporciona diálogos formativos, por meio de trocas acadêmicas e culturais, promovendo uma troca entre a academia e a comunidade, além da produção de material didático-pedagógico e livros acadêmicos. Intenta-se produzir benefícios culturais e sociais. Os benefícios culturais apresentam-se no intento de preservação e difusão das oralidades africanas e dos saberes ancestrais do patrimônio cultural de matriz africana, assim como indígena, no fortalecimento dos grupos de brincantes através da divulgação de suas atividades, de vivências com esses grupos e da possibilidade de instigar e divulgar suas pesquisas. Também apresenta-se na preservação e divulgação dos valores e expressões culturais e religiosas da diáspora negra através de pesquisas, publicações, vivências e exposições em torno da temática. Os benefícios sociais são encontrados na valorização da cultura afrodiaspórica como forma de superar o preconceito racial e a desconstrução dos processos identitários, na formação de professores/as, ampliando experiências educativas na diáspora negra, no fortalecimento das ações de implementação da Lei nº 10.639/03, promovendo a formação de multiplicadores dos valores civilizatórios africanos e afro-brasileiros nos âmbitos da cultura e da educação. É importante frisar que também dialogamos com os valores culturais e formativos dos povos indígenas, conversando, também, com a Lei 11.645/2008, ao dedicarmos uma tarde da programação para essa temática. No VIII Memórias de Baobá teremos a tarde “Ciranda de Saberes Indígenas” com atividades diversas.

Neste ano teremos um filósofo de Moçambique, além de nomes importantes do / no Brasil, como Conceição Evaristo, Kiusam de Oliveira, dentre outrxs.

Desse modo, o Memória de Baobá contribui na formação de todos aqueles e aquelas envolvidos no seu fazer, quer seja como organizador/a ou como participante, nosso intento é divulgar pesquisas / experiências e contribuir na / para a formação por meio de trocas diversas.

FINALIDADE

O NACE tem se preocupado, especialmente por meio do Memórias de Baobá, em trazer para o fazer pedagógico uma abordagem condizente com os valores civilizatórios africanos e a diversidade de suas manifestações nas culturas afrodescendentes da diáspora, particularmente do Brasil. Enfatizando que também dialogamos, com menos ênfase, com valores indígenas, especialmente dos povos do Ceará.

Partimos de conceitos como afrodescendência (CUNHA Jr), cosmovisão africana e ancestralidade (OLIVEIRA, 2006, 2007), para nos inspirar e realizarmos estudos e experiências diversas em torno da temática africana, também nos referenciamos na PRETAGOGIA (PETIT e SILVA), um referencial teórico-metodológico afrorreferenciado. Desse modo, nosso propósito fundante de empretecer a pedagogia (assim como outras áreas, tais como filosofia, ciências sociais, matemática, etc), até então eurocêntrica, tem gerado muitos efeitos positivos e instigado a realizar e aprofundar pesquisas. Formação que se dá por meio de diálogos formativos oriundos de atividades que giram em torno de palestras, conferências, chão (mesa) redondos, oficinas, rodas de formação, rodas de conversas, comunicações orais, minicursos, lançamentos de livros e atividades culturais.

Nosso propósito é divulgar, fortalecer e inspirar novas / outras práticas pedagógicas que, fundamentalmente, trabalham com nosso reconhecimento e fortalecimento de nossas origens, implicando-se na formação do ser humano como um todo, assim, nossa proposta é fomentar mudanças no modo como nos olhamos e nos percebemos enquanto educadores(as)/aprendizes em nosso fazer / ser cotidiano. 
Assim, o Memórias de Baobá tem a finalidade fundante de formação para a vida, perspectivas de mudanças concretas da nossa realidade social, histórica e educacional.

HISTÓRICO

Desde o ano de 2010 realizamos o ‘Memórias do Baobá’. Em todas suas versões tivemos atividades tais como: palestras, conferências, oficinas, performances culturais diversas (teatro, dança, etc), exposições, vivências, chão (mesa) redondo, rodas de conversas, rodas de formação, minicursos, apresentação de comunicações orais, lançamento de livros. O primeiro Memórias de Baobá aconteceu em novembro de 2010, teve como tema ‘Educação, cultura e religiosidade’. Em novembro de 2011 o II Memórias aconteceu com o tema "Lembrando a nossa ancestralidade africana: escrituras reveladas pelo nosso corpo-árvore". Na primeira semana de dezembro de 2012 o III Memórias de Baobá trouxe o tema "Cosmovisão, educação e currículo". Já em dezembro de 2013 o IV Memórias trouxe a temática "Formação das africanidades nas nossas raízes ancestrais: pertencimento afro nos territórios negros e comunidades escolares". Em 2014 o V Memórias apresentou o tema "Memórias nas Africanidades: Na roda, na ginga, na escola... a resistência se reelabora". Em 2015 a temática da VI edição fora "Estéticas Negras: Trançando Educação e Produção Didática". No sétimo ano do Memórias de Baobá olhamos para a diáspora negra na América dialogando com a Década Internacional dos Afrodescendentes (ONU), com a temática "Patrimônio, Formação de Professores e a Década Internacional de Afrodescendentes: A África está viva nas Américas!", neste ano realizamos, dentro do Memórias, o I Seminário Corpo-dança Afroancestral com o tema "Desafios de uma Pedagogia Afrorreferenciada" onde a dança fora o mote de sua construção, não apenas dançada, mas também falada por meio de palestra, minicursos e oficinas. O evento ganha abrangência internacional com convidados e participantes de diferentes regiões do país e de outros países. Em 2016 tivemos participação da Suécia e de Guiné-Bissau. Ao longo dos seus oito anos de realização já tivemos mais 1200 participantes diretos, dentre professores e estudantes da educação básica, graduação e pós-graduação, brincantes, movimentos sociais, etc.

VIII MEMÓRIAS DE BAOBÁ
 
ORALIDADE AFRICANA, SABEDORIAS ANCESTRAIS
E PRÁTICAS FORMATIVAS 
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