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MEMÓRIAS DE BAOBÁ

​NACE

O NACE (NÚCLEO DAS AFRICANIDADES CEARENSES) tem a preocupação fundamental de trazer para o fazer pedagógico uma abordagem condizente com os valores civilizatórios africanos e a diversidade de suas manifestações nas culturas afrodescendentes da diáspora, particularmente no Brasil. Inspirando-se em diversos estudos e experiências na área, dentre os quais, a abordagem teórico-metodológica afrorreferenciada denominada pretagogia. A intenção é mostrar uma diversidade de caminhos teórico-práticos para a implementação da lei 10.639/03, como também a 11.645/09. Nosso propósito de empretecer a pedagogia, até então quase unilateralmente eurocêntrica, tem gerado muitos efeitos positivos de diversificação cultural e instigado a aprofundar as pesquisas sobre esse universo tão plural que é o mundo afro, por meio da realização desse seminário científico que visa em especial, a formação de professores em serviço ou em formação inicial. A formação se dá de modo extremamente diversificado por meio de diálogos, palestras, conferência, mesas redondas, oficinas, rodas de formação, rodas de conversas, comunicações orais, atividades culturais e de integração intergeracional. Nosso propósito é divulgar, fortalecer e inspirar novas / outras práticas pedagógicas, que, fundamentalmente, trabalham com nosso reconhecimento e fortalecimento de nossas origens, implicando-se na formação do ser humano como um todo, assim, nossa proposta é fomentar mudanças no modo como nos olhamos e nos percebemos enquanto educadores(as)/aprendizes em nosso fazer / ser cotidiano. Desse modo, o evento tem a finalidade fundante de formação para a vida, perspectivas de mudanças concretas da nossa realidade social, histórica, cultural e da educação. 



X MEMÓRIAS DE BAOBÁ: DIDÁTICAS DA ANCESTRALIDADE E MEMÓRIAS DO ENCANTAMENTO

Salve as Folhas

Sem folha não tem sonho

Sem folha não tem festa

Sem folha não tem vida

 

Dez anos de Memórias de Baobá! Sim, são dez anos que temos o privilégio de comemorarmos esse Ser Ancestral Longevo aqui chamado de Baobá,  ou Embondeiro, Cabaceira, Ceiba, segundo as localidades. Vivemos muitas emoções, sempre sob a proteção do nosso Ancestral mais velho, o Baobá. Cantamos, dançamos, saudamos, invocamos, realizamos nossas gestualidades, artesanias, encantarias. Abraçamos muito o Baobá do Passeio Público que é também nossa Mais Velha, pois acreditamos no seu devir feminino e talvez por isso o Memórias tem na mulher Heloisa Pires Lima, sua madrinha (Gratidão). Assim recebemos Matriarcas experientes como Vanda Machado, Mãe Beata de Yemonjá, Maria Llerena e muitas outras personalidades, das Universidades, NEABs e NEABIS, dos Movimentos Sociais Negros, Movimentos Indígenas, Movimentos Quilombolas, Movimentos de Povos de Terreiro, Movimentos! Fomos agraciadas com as africanidades de pessoas incríveis da nossa amada terra cearense, a começar pelo próprio NACE e todas as pessoas da nossa localidade que em algum momento ou reiteradamente construiu esse evento-formação, gente especial,  junto com tantas outras gentes fabulosas de muitos outros Estados do Brasil e também de mais longe, como Moçambique, Guiné Bissau, Cabo Verde, Congo, Cuba e agora Senegal/Mali. Foram muitas parcerias firmadas com ONGs, Secretarias e demais OGs! Fomos interétnicos/as, prestigiando os povos originários na Roda da Ancestralidade. Gingamos com membros de linhagens da Capoeira, nos alegramos com as/os artistas de Grupos Culturais fantásticos e também com feiticeiros e feiticeiras das mãos, produzimos instrumentos, artes plásticas, culinárias, curas medicinais, matemáticas em adinkras. Nos oralizamos de todas as formas, experimentando nosso Corpo-Dança Afroancestral que mereceu uma edição especial, mas também nas inúmeras contações, teatralizações, performances, ensaios cênicos, afroletramentos e Literaturas Negras. Fotografamos e expusemos nossas imagens, tecnologias ancestrais e contemporâneas, nossas belezas, mazelas, conquistas e interrogações. Fizemos isto e muito mais, nos comemoramos e nos indignamos, discutindo nossos enfrentamentos e confrontos. Nos aquilombamos, nos aldeiamos!
Como o tempo é circular, e não linear, não vivemos hoje um período de gloriosos feitos, e sim de diversos cortes, alguns desafios maiores que em 2010, com nosso Patrimônio natural em chamas, ou vilmente atacado por manchas poluentes nos litorais nordestinos. Com a persistência da Colonialidade, se intensificam os cruéis efeitos letais, no nosso Corpo Memória, na Psiqué de Oprimido e Opressor, e no Corpo físico, letalidade que não poupa as crianças e nos dói profundamente. Mas gigantesca é também nossa Resiliência e Força Vital, componente primeiro das nossas Ancestralidades, Oralidades, Alacridades e Encantamentos. 
Assim, com o poder que herdamos, oferecemos um X Memórias de Baobá,  não à altura do que a Ancestralidade merece (objeto inalcançálvel), mas certamente condizente com o Momento que vivemos, permitindo deixar nossa marca no mundo. Agradecemos imensamente a dádiva de continuarmos Pretagogizando e dialogando com todos os seres irmãs e irmãos, que buscam saídas decoloniais para a educação, renovando as nossas Didáticas da Ancestralidade. Não temos espaço nem palavras suficientes para agradecermos a todas e a todos que fizeram e fazem parte desse percurso. Sabemos que estamos em ruptura. Que daqui em diante faremos diferente, seremos diferentes. Que as folhas subsistem e irão se regenerar, e junto com elas, nossos sonhos, festas, e vidas, serão cada vez mais potentes. Contamos com vocês que acreditam, aguardamos vocês ansiosamente no X Memórias, dias 29 e 30 de Fortaleza para juntas e juntos salvarmos a luz das estrelas, a alma das folhas e o encantamento memória da Vida que habita em nós, na Terra.

 

HISTÓRICO

Desde o ano de 2010 realizamos o ‘Memórias do Baobá’, em todas suas versões tivemos atividades tais como: palestras, conferências, oficinas, performances culturais diversas (teatro, dança, etc), exposições, vivências, chão (mesa) redondo, rodas de conversas, rodas de formação, mini-cursos, apresentação de comunicações orais, lançamento de livros. O primeiro Memórias,novembro de 2010, teve como tema ‘Educação, cultura e religiosidade’. Em novembro de 2011 o II Memórias aconteceu com o tema "Lembrando a nossa ancestralidade africana: escrituras reveladas pelo nosso corpo-árvore". Na primeira semana de dezembro de 2012 o III Memórias trouxe o tema "Cosmovisão, educação e currículo". Já em dezembro de 2013 o IV Memórias trouxe a temática "Formação das africanidades nas nossas raízes ancestrais: pertencimento afro nos territórios negros e comunidades escolares". Em 2014 o V Memórias apresentou o tema "Memórias nas africanidades: Na roda, na ginga, na escola... a resistência se reelabora". Em 2015 a temática da 6ª edição fora "Estéticas Negras: Trançando Educação e Produção Didática". No sétimo ano do Memórias de Baobá olhamos para a diáspora negra na América dialogando com a Década Internacional dos Afrodescendentes (ONU) com a temática "Patrimônio, Formação de Professores e a Década Internacional de Afrodescendentes: A África está viva nas Américas!", neste ano realizamos, dentro do Memórias, o I Seminário Corpo-dança Afroancestral com o tema "Desafios de uma Pedagogia Afrorreferenciada" onde a dança fora o mote de sua construção, não apenas dançada, mas também falada por meio de palestra, minicursos e oficinas. No ano de 2017 a oitava edição trouxe a "Oralidade Africana, Sabedorias Ancestrais e Práticas Formativas" como tema, tivemos a participação mais que especial da escritora Conceição Evaristo e do filósofo moçambicano José Castiano. Em 2018 tivemos o IX Memórias de Baobá que teve como tema "15 anos da Lei 10.69/03: Pertencimento, Espiritualidade e Educação. A X edição é especial e ocorrerá em apenas dois dias, tendo "Didáticas da Ancestralidade e Memórias do Encantamento" como tema.

O Memórias já tem abrangência internacional com convidados e participantes de diferentes regiões do país e de outros países. Em 2016 tivemos participação da Suécia e de Guiné-Bissau, em 2017 de Moçambique e Guiné Bissau, nesse ano, 2018, de Guiné Bissau e Suécia. Em 2019 de Senegal e do Congo. Em seus dez anos de realização, o evento já teve mais de 1600 participantes diretos.

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ORGANIZAÇÃO

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APOIO / PARCERIAS

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                           Laboratório e Núcleo de Pesquisa Histórica da UFC

 

COPPIR

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